Art. 20 / e) Não fará previsão taxativa de resultados;
A rede social está cheia de promessas, mas na psicologia, segundo o Código de Ética, previsto na resolução CFP 10/2005, fica vedado ao profissional a previsão de resultados, independente da finalidade. Seja para publicidade ou como promessa na contratação do serviço, é uma prática charlatã.
Trabalhamos com subjetividade, e a realização de previsão de resultado é impossível.
Quando um profissional promete um resultado rápido, ele certamente está surdo a outras questões. Ele quer cumprir sua promessa, seu produto, e a escuta ficaria para segundo plano.
Outro ponto é o momento e condição de vulnerabilidade em que, muitas vezes, a pessoa que busca um profissional de psicologia se encontra, de forma que qualquer promessa de melhoria soa como uma esperança, e a pessoa se entrega.
Por trás de uma queixa principal, por exemplo, a recuperação da autoestima, podem tem infinitas questões mais ou menos complexas que essa, como racismo, exposição a outras violências e abusos, psicopatologias, questões na formação subjetiva na infância e traumas, questões sociais, etc, e algumas podem estar além da alçada do profissional de psicologia.
Por trás de uma promessa de resultado, seja “recupere sua autoestima” ou “trago a pessoa amada em 10 dias”, há a falta ética. Alguns profissionais, inclusive, mencionam essa promessa na “bio” da rede social.
Fique atenta! A escuta na análise precisa ir muito além de um mero resultado.