Setembro é o mês oficial da campanha de prevenção ao suicídio, sendo que ontem, 10/09, foi o dia mundial de ao prevenção suicídio.
O fato de existir uma campanha mundial em torno do assunto já chama a atenção para que suicídio não é brincadeira, e precisamos quebrar os tabus e falar sobre o assunto.
Alguém já ouviu algo do tipo “se quisesse teria se matado”? Eu ouvi mais de uma vez, e sempre ouço como sendo do maior descaso por parte do outro.
Quando falo de prevenção ao suicídio digo de ouvir e tomar providências, oferecer ajuda, estar por perto. Nada disso é difícil, mas não é feito. Em geral, as pessoas fingem não escutar o que está havendo, não é dada a devida importância.
Pelo motivo que for, ou não. Havendo motivo, uma pessoa que expressa desejo em tirar a própria vida demanda um olhar mais atento, isso não é brincadeira.
Pensar em suicídio é mais comum do que se imagina, seja pela vivência do luto, pressões da sociedade, dificuldades financeiras, transtornos mentais, etc. O alerta aumenta quando há a arquitetura do ato suicida, ou seja, eu vou tirar minha vida nesse dia, nesse lugar, utilizando esses recursos, quando chegar nesse horário, e já vou organizar para que não tenham outras pessoas no local. A pessoa que arquiteta o ato já se mostra mais próxima de concretizar.
É preciso perder o medo de oferecer ajuda e de falar sobre isso. Pensamentos e tentativas de suicídio sempre são sinais de que há algo errado.
Segundo dados da OMS, 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, ou seja, na maior parte dos casos as pessoas mais próximas têm as informações necessárias para agir.
Outra estatística preocupante diz que a cada 45 minutos morre uma vítima de suicídio no Brasil. No mundo é uma morte a cada 40 segundos.
Convido para que nós superemos os preconceitos e dialoguemos sobre o assunto. Suicídio não é frescura, é questão de saúde pública. Peça ajuda, preocupe por um especialista.