Quando somos crianças, acreditamos que conseguimos o impossível – voar, utilizar super poderes, visão além do alcance, compor uma canção de sucesso, coreografia da Beyoncé na festa da escola, tocar uma peça inteira de um compositor famoso, vencer a todos os jogos do campeonato escolar e marcar o ponto crucial da vitória, dar a volta ao mundo, ser miss.
Conforme o tempo passa, nosso modelo educacional positivista gradativamente poda
nossos sonhos, pois aprendemos que algumas coisas são impossíveis ou improváveis. Ouvimos que ninguém dança Beyoncé como Beyoncé, mas somos pouco incentivados a fazermos melhor. Tocar uma peça inteira de Beethovem é para poucos, mas quase nunca ouvimos que podemos ser um desses poucos. Super poderes não existem, mas nunca exploram nossas super habilidades, mesmo as ligadas aos cinco sentidos. E deixamos de acreditar no impossível, e a acreditar cada vez menos no possível.
Se você fizer uma lista agora de coisas que você acredita que pode fazer, e uma lista do que você não é capaz, qual será a lista com mais itens?
Parece simples, talvez óbvio, mas o primeiro passo para fazer qualquer coisa, desde as mais simples às mais complexas , é acreditar.
Acordei às 5h para treinar violão, acreditando que posso aprimorar. Sentei para escrever algumas linhas do meu artigo, acreditando que terei sucesso na minha publicação. Tomei meu banho e me arrumei para sair para o trabalho, acreditando que faria a diferença para alguém com meu trabalho. E se eu não acreditasse em nada disso, provavelmente não teria acordado tão cedo para dispor minha energia nesses projetos, daria de ombros e diria “não vai dar em nada mesmo”.
Aprendemos a colocar nosso potencial em cheque.
Com isso, deixamos de tentar, matamos nossa criatividade, e limitamos nossas possibilidades de fazer acontecer.
No entanto, da mesma forma que somos condicionados a subestimar nosso poder, podemos treinar para retomar a capacidade de acreditar.
Que tal monitorar as frases quase que automáticas de “isso não dá certo”, “é impossível”, “eu não consigo”, e minimizá-las ao longo do dia? Pode ser um primeiro
passo.
Se parece impossível, quais as evidências, e as possibilidades, e probabilidades. Opa, pensando melhor, não é tão impossível como parece.
Quem não acredita, não arrisca, não tenta, não oferece o máximo de energia para chegar lá, não utiliza todas as possibilidades, não muda de estratégia quando a primeira não for efetiva, não persiste.